Saiba como estudar em uma faculdade particular mesmo sem grana
Quem precisa estudar e não tem grana para pagar mensalidade não precisa desanimar: conheça as alternativas, como bolsas de estudo ou financiamento
Estudar em uma universidade pública é o sonho de muita gente. No entanto, para que todos realizassem esse desejo, o número de vagas em instituições públicas brasileiras teria que ser praticamente quadruplicado. Em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 8 milhões de estudantes estavam matriculados na educação superior, sendo que apenas 1,9 milhões deles estavam em universidades públicas. Enquanto o número de vagas públicas não cresce, quem precisa estudar e não tem grana para pagar mensalidade em uma instituição particular não precisa desanimar! Existem alternativas, como bolsas de estudo ou financiamento estudantil. Entre os principais, estão dois programas federais: o ProUni e o Fies. Mas eles não os únicos. Confira abaixo opções para entrar no ensino superior sem pagar nada.
ProUni
Por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), mais de 1,7 milhão de pessoas conseguiram acesso à graduação. Lançado em 2004, o programa é uma iniciativa federal que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior para estudantes brasileiros de baixa renda.
Para participar da seleção de bolsas, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter atingido uma nota mínima de 450 pontos na prova, considerando a média das quatro áreas do conhecimento, e não ter zerado na redação. O estudante pode escolher até dois cursos em uma ou mais faculdades cadastradas no programa, em duas modalidades de bolsa: 50% (necessário ter máximo de três salários mínimos per capita de renda familiar) ou 100% (necessário ter máximo de 1,5 salário mínimo per capita de renda familiar). Além disso, é necessário atender a pelo menos um dos seguintes pré-requisitos:
– Ter cursado o ensino médio em escola pública ou em escola privada como bolsista integral;– Ser uma pessoa com deficiência física;– Ser professor da rede pública de ensino básico concorrendo a cursos de licenciatura, normal superior ou Pedagogia.
Depois de conseguir uma bolsa, é preciso estudar firme para poder continuar com ela. Vicente Almeida Junior, diretor interino de Políticas e Programas de Graduação da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), explica que a manutenção da bolsa é condicionada ao bom desempenho acadêmico. “Os candidatos às bolsas são pré-selecionados pelas notas obtidas no Enem conjugando inclusão à qualidade e mérito dos estudantes com melhores desempenhos acadêmicos”, diz.
Fies
Para os estudantes que não conseguirem uma vaga no ProUni há também a opção de obter um empréstimo pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Para conseguir o financiamento, o candidato deve ter prestado o Enem e ter tirado no mínimo 450 pontos na média das áreas e não ter zerado a redação. Além disso, é exigido que a renda familiar mensal por pessoa não ultrapasse três salários mínimos.
É possível financiar até 100% do curso. O cálculo do percentual varia de acordo com a renda familiar e o valor da mensalidade do curso. Vicente Almeida Junior, do MEC, explica que essa conta é feita para evitar o desequilíbrio das finanças do estudante. “O valor a ser pago pelo aluno será determinado respeitando a capacidade de pagamento de cada faixa salarial, ou seja, as famílias com nível de renda menor pagarão um valor menor, independente do curso financiado”, afirma.
O consultor financeiro Erasmo Vieira aconselha que o estudante tente primeiro o Fies antes de recorrer a outros financiamentos estudantis privados. “A taxa de juros do Fies é seu melhor benefício. Além disso, durante os estudos os pagamentos são baixos e o prazo para pagar o financiamento é de até três vezes o tempo do curso”, diz. Atualmente, a taxa de juros do Fies é fixada em 6,5% ao ano.
O consultor financeiro Erasmo Vieira aconselha que o estudante planeje o pagamento das parcelas no orçamento para que a dívida não se transforme em um grande peso, principalmente por conta dos juros. “Quem se formou e tem financiamento a pagar deve estabelecer a liquidação deste como prioridade antes de assumir novos compromissos como carro, imóveis ou viagens”, orienta.
Fonte:http://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/saiba-como-estudar-em-uma-faculdade-particular-mesmo-sem-grana/
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